sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Balanço do Cidadão aponta as mentiras da gestão Marília Campos.

Os Jornalecos da Prefeitura–FAZ... de Conta!







A máxima de que “A história é contada pelos vencedores” perde sua força em tempos de racionalidade onde a democratização das informações desmente as versões publicadas nos periódicos, em espaços comprados a preço de ouro, pagos com o dinheiro dos elevadíssimos impostos que os entes federados (união, estados e municípios) cobram do povo brasileiro.

Há sete anos os Cidadãos contagenses têm suas caixas de correio lotadas, quase que diariamente, por milhares de jornais onde a prefeitura apresenta suas “realizações”. Ao confrontarmos as informações publicadas nos jornaizinhos com a realidade vivenciada podemos afirmar que a gestão Marília Campos ficará marcada como a mais contraditória da história de Contagem.

Não podemos esquecer que Marília Campos realizou notável feito ao ganhar três eleições dificílimas em apenas cinco anos, foi eleita vereadora, deputada e prefeita nos anos de 2000, 2002 e 2004 respectivamente. É inegável que sua fugaz ascensão ao cargo de prefeita foi resultado, principalmente, do discurso de austeridade no trato com a coisa pública enquanto parlamentar. Nos cargos de vereadora e deputada, Marília Campos foi uma voz intransigente nas denúncias e combate ao que chamava de penduricalhos, ou seja, privilégios como verbas indenizatórias imorais como o auxílio-moradia para políticos que possuem casa própria, da locação dos veículos de propriedade desses políticos, do obscurantismo na composição dos vencimentos dos deputados. Chegou a ser considerada pelo jornalista Élio Gaspari como “a parlamentar que mais devolveu dinheiro a viúva (Estado), devido ao fato de recusar as verbas como à de paletó e jetons. A então deputada Marília Campos questionou até o salário do governador do estado e de seus secretários considerados por ela excessivos e imorais.

Esse Cid@dão comum que assina esse blog foi um dos que se empolgaram com a postura rara da política de Marília Campos, confesso que no pleito de 2002 organizei de forma republicana, democrática e voluntária uma rede de distribuição dos materiais de campanha entre meus amigos e conhecidos para a então vereadora que viria a ser eleita deputada estadual. Anos depois, em 2005, quando ela disputava o segundo turno das eleições eu tive a oportunidade de falar pessoalmente pra ela, durante uma reunião no sindicato dos metalúrgicos, que a conduta política dela resgatava em mim sentimentos adormecidos há muito tempo. Hoje tenho plena convicção de que caí (mos) num golpe bem orquestrado, pois a prefeita Marília Campos não levou para sua administração os compromissos assumidos no palanque.   

O dirigente do partido dos trabalhadores e marido da Marília Campos, economista José Prata Araújo Neto reproduziu em seu livro o “Uma Contagem Diferente e Melhor” lançado pela Editora BIS, nas páginas 61 e 62 o discurso que Marília Campos fez ao assumir o comando da prefeitura em 2005, vejamos:









A primeira edição dos Jornalecos da Prefeitura–FAZ...de Conta!, reproduzida, abaixo trouxe as seguintes informações “as secretarias seriam reduzidas de 15 para 9, que o salário da prefeita seria de R$9.516,00 e não os R$17.887,00 que a lei permitia e que os secretários receberiam R$7.155,00.”






Mas será que isso é verdade? O aproximar do oitavo e último ano da gestão da esquerdista Marília Campos revela que as informações publicadas nos jornalecos da prefeitura–FAZ... de-Conta! não correspondem aos fatos! Parafraseando o saudoso poeta Cazuza. Estamos vendo o final do governo mais falacioso que já tivemos e como aqui não temos espaço para publicar todas as contradições da gestão Marília Campos vejamos algumas:

ü  Nosso violentado município de Contagem ainda possui de fato 15 secretarias (Administração, Defesa Social, Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Urbano, Direitos da Cidadania, Educação e Cultura, Esporte e Lazer, Fazenda, Governo, Meio Ambiente, Obras e Serviços Urbanos, Planejamento e Coordenação Geral, Saúde e a de Trabalho e Geração de Renda);

ü  Os salários dos secretários e da prefeita praticamente dobraram na gestão da prefeita esquerdista (será que o trabalhador que ganhava R$1.200 reais ganha hoje R$2.400?);

ü  Não existe diálogo com os educadores, apesar de vários secretários serem oriundos do sindicato dos professores, inclusive o da Educação;

ü  A FUNEC foi sucateada por questões político-partidárias, apesar de ganhar prêmios pela excelência dos serviços prestados a sociedade;

ü  Os usuários da saúde esperam anos pela continuidade dos tratamentos com médicos especialistas, existem vários casos onde a ligação da marcação da consulta chega quando o paciente já morreu;

ü  Apesar dos 700 mil habitantes a prefeitura coloca apenas um ortopedista de plantão para quem não tem fratura exposta e que não atende no hospital municipal, mas no pronto socorro do JK;

ü  Há anos a prefeitura coloca placas dizendo “Obras em toda Cidade”, mas depois de anos a frente da prefeitura, eles não conseguem enumerar meia dúzia de obras que tenham sido projetadas, iniciadas e concluídas neste período;

ü  Não existe transparência na prestação de contas na gestão Marília Campos. Órgãos municipais como COMPARQ, a Transcon, a FUNEC, a FAMUC, têm orçamentos milionários, mas não prestam contas de como gastam “centavo por centavo do dinheiro público” conforme prometido;

ü  Não construiu, mas reformou praças que custaram milhões de reais com fortes indícios de superfaturamento, além de direcionamento de licitação;

ü  Existem Atos Secretos na gestão da esquerdista Marília Campos, alguns Diários Oficiais sequer estão disponíveis na internet;

ü  A prefeitura deposita uma fortuna nas contas das “Obras Sociais” dos vereadores num total afronta a Moralidade Pública e anulando a Vontade Popular, pois os vereadores de Contagem não vêm, não escutam e nada fiscalizam, com raríssimas exceções;


ü O orçamento Participativo é um engano; 


ü Os Conselhos Municipais estão lotados de pessoas nomeadas na administração, o que macula a legitimidade do Atos que produz;

ü  Dois fatos possuem o DNA direto da atual gestão e Marília Campos que carregará em sua biografia esses atentados, sobretudo a Legalidade e a Moralidade:


ü  Responde a Ação de Improbidade por direcionar a licitação do transporte coletivo onde houve dano aos cofres públicos de R$533.800.000,00, segundo o Ministério Público;


Detalhe: O presidente da autarquia de trânsito, nomeado pela prefeita, não foi afastado ou sequer foi convocado por algum vereador para explicar as denúncias que o Ministério Público fez. Alguém consegue entender!!?? - clique aqui e confira 


ü  Apesar de combater privilégios enquanto vereadora e deputada, Marília Campos apostilou, de forma ilegal, vários companheiros e também responde a uma Ação de Improbidade (de autoria deste blogueiro) que deve gerar uma economia para o município de Contagem de cerca de R$8.000.000,00 ao ano. veja ciclando aqui.


Conclusão do Cidadão: As verdades não estão nos milhares dos Jornalecos da Prefeitura–FAZ... de-Conta! colocados em nossas caixas de correio,  que somente para impressão custam mais de meio milhão de reais por ano do dinheiro do povo.


Marília Campos reproduziu no cargo de prefeita tudo aquilo que denunciava enquanto vereadora, o que faz dela um Altamir Ferreira de Saia, para quem não lembra um ex-prefeito que os esquerdistas do Partido dos Trabalhadores combateram visceralmente nos início dos anos noventa.


Posso garantir que se em Contagem tivesse um único vereador com atuação semelhante à dela, do Paulo Moura, Letícia da Penha ou mesmo do companheiro Durval Ângelo ela não disputaria eleições tão cedo, pois sairia com tanto processo que não passaria pelos critérios da Lei da Ficha Limpa!


Abraço fraterno!


2012 – Será um ano de muitas lutas em prol do Bem Comum e de passar coisas a limpo.


Ricardo Cid@dão.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A casa caiu: governo Marília Campos é processado por improbidade administrativa


A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Contagem ajuizou uma ação por improbidade administrativa contra a prefeitura e cerca de 100 servidores que receberam ilegalmente um aumento salarial concedido pelo governo Marília Campos (Clique aqui para ver). Cálculos iniciais apontam que o rombo causado pelo privilégio pode chegar a R$ 8 milhões de reais por ano aos cofres públicos. O processo foi instaurado a partir da representação protocolada por este "cidadão Comum", que vos escreve, em março de 2009.


Em julho de 2011 o ministério público concluiu as investigações, constatando a ilegalidade dos atos de apostilamento e recomendou à prefeitura a imediata anulação dos pagamentos e inicio do ressarcimento de todo os valores pagos incorretamente. Logo após a recomendação, a prefeitura chegou a publicar em seu portal uma nota de esclarecimento informando que interromperia todos os pagamentos aos apostilados:



Apesar de ter reconhecido a recomendação, a prefeitura continuou o pagamento dos privilégios ilegais, contrariando a recomendação da Promotoria, obrigando o Ministério Público a ajuizar uma ação por improbidade administrativa.


Era uma vez o Trem da Alegria dos "companheiros". Vamos pensar? 


Quando denunciei os privilégios imorais e ilegais concedidos pela gestão Marília Campos a seus "companheiros", os servidores que hoje respondem a Ação por improbidade administrativa não seriam apostilados. A brecha foi realizada em pleno recesso parlamentar e a matéria foi aprovada e sancionada em tempo recorde, publicada na página 11 da edição 2444 do diário do município (clique aqui), quando o prazo para requerer o apostilamento já havia sido extinto, o que deixou claro a manobra que privilegiaria um grupo de "companheiros" da prefeita que ocupam cargos estratégicos na atual administração. Com a denuncia, a prefeitura abriu a porteira. O petista Rafael que ocupa cargo de direção na prefeitura declarou publicamente, por meio do seu perfil  do Orkut, na comunidade Política de Contagem, que o número dos Atos de Apostilamento era de 467, antes que o Ministério Público ajuizasse a Ação contra a prefeitura e os servidores. Depois da Ação ele anda sumido e não fala mais sobre o assunto.


Balbuciasse pelos corredores da prefeitura, entre dentes, ora com maiores detalhes, ora não, — mas ainda a se confirmar — que o grupo de "companheiros" não foi incluído pela prefeitura na relação de apostilados enviada ao Ministério Público. Ou seja: os indícios são de que a prefeitura criou uma brecha para aumentar os salários dos "companheiros", mas ao ser denunciada ampliou o número de apostilados. Quando o Ministério Público ajuizou a Ação, foi enviado o nome dos servidores concursados, os que trabalham nas rotinas normais da prefeitura, enquanto se escondia do Ministério Público os nomes dos "companheiros" privilegiados ocupantes de cargos estratégicos.


Apesar do vereador presidente ignorar minha denúncia, quero reafirmar o nosso compromisso com o Bem Comum e lembrar que estou atento e logo terei a relação para incluir na Ação os verdadeiros ocupantes deste absurdo Trem da Alegria dos "Companheiros" da prefeita. Segue abaixo uma cópia da comunicação do Ministério Público, sobre a minha representação.


Um abraço fraterno!


Ricardo Cidadão     






Ricardo Cidadão